Celebram-se
hoje os 125 anos do nascimento de Amadeo de Sousa Cardoso.
Amadeu
de Souza-Cardoso (1887-1918) foi o percursor da arte moderna em Portugal.
As
primeiras experiências do pintor deram-se no desenho, especialmente como
caricaturista. Aos 19 anos de idade, mudou-se para Paris, onde conviveu e
trabalhou com grandes figuras do meio artístico da época.
Além
de Paris, participou nos dois mais importantes eventos da década de 1910 - o
Armory Show, em Nova Iorque e o Erster Deutscher Herbstsalon, em Berlim.
A
morte prematura aos 30 anos não lhe permitiu afirmar junto do grande público a
notoriedade que outros grandes
vultos da pintura vieram a ter, a nível europeu.
Em
Portugal, a obra do artista esteve esquecida durante muito tempo, o que o
crítico de arte Alexandre Pomar explica da seguinte forma: “Uma forma muito
nacional de inferioridade foi menorizando o que se apresentava como mais
pessoal e interpretando como influências sofridas (de Modigliani, de Brancusi,
por exemplo) o que era cumplicidade e concorrência criativa, ou mesmo
influência exercida sobre outros”.
Recentemente,
em 2006, a Fundação Gulbenkian realizou uma grande
exposição do artista, com
enorme afluência do público que, pela primeira vez, se apercebeu que era
português um dos pintores mais
importantes do modernismo europeu.
Almada
Negreiros, contudo, estava já bem consciente, na altura, da importância da
obra de Amadeo e escreveu o
seguinte, a propósito da abertura de uma exposição:
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