sexta-feira, 31 de maio de 2013

Auto das Rosas de Santa Maria, de Cândido Guerreiro



             Teatro na Casa do Professor

No passado dia 17, o Grupo Arte de Viver - USL representou a peça de teatro Rosas de Santa Maria, numa encenação de José Teiga.

Representação: José Mousinho, Maria Farinha, Isabel Pereira, José Barroso, Fátima Lopes, Idália Pires, Glória Luís e Rafael Garcia. E ainda as Mães de Lagos: Ana Texier, Eugénia Mendes, Margarida Coelho, Carlota Laranjeira, Lurdes Guerreiro e Teresa Peste.





Testemunhos de quem viu:

Convidada para ver 
uma peça em Pechão,
fiquei contente de vir 
e não ter dito que não.

"Muitos parabéns a todos. Foi lindo!"


"Tenho, como todos, momentos alegres, outros de solidão e, ao encontrar-me no meio de gente boa alegra-me sempre o coração.
Desejo que se repitam muitos momentos como estes, com a mesma alegria; para mim têm muito valor."

Eugénia Maria

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Visita a Vila Viçosa, Elvas e Olivença - I

Primeira etapa: Vila Viçosa


Antes de mais, é necessário recordar Florbela Espanca, grande figura literária, de quem Vila Viçosa, sua terra natal, agora se orgulha e a quem presta justa homenagem.

Nostalgia

Nesse País de lenda, que me encanta,
Ficaram meus brocados, que despi,
E as jóias que p'las aias reparti
Como outras rosas de Rainha Santa!

Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta!
Foi por lá que as semeei e que as perdi...
Mostrem-me esse País onde eu nasci!
Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta!

Ó meu País de sonho e de ansiedade,
Não sei se esta quimera que me assombra,
É feita de mentira ou de verdade!

Quero voltar! Não sei por onde vim...
Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra
Por entre tanta sombra igual a mim!

                            Florbela Espanca


 Denominada Lacóbriga na época romana e Vale Viçoso na medieval, recebeu de D. Afonso III carta de foral em 1270 e de D. Dinis as muralhas do castelo, ainda hoje visíveis na praça fronteira à Porta de Évora. 

A visita iniciou-se com o Palácio dos Duques de Bragança.




A saída foi pela Porta dos Nós, do início do séc XVI e de inspiração manuelina, com uns invulgares nós que parecem atar o arco às ombreiras.  
"Simbolizariam estes três nós a posição da Casa Ducal em relação à Casa Real, segundo uma legenda que, conforme escreveu Frei Manuel Calado no século XVII na sua descrição de Vila Viçosa, ali existiria com a seguinte sentença “Depois de vós, nós”, entendendo-se esta última palavra nos dois significados que lhes correspondem de substantivo e de pronome." 
In Vila Viçosa – História, Arte e Tradição



O almoço foi uma experiência gastronómica, onde não faltou o alegre convívio nem a típica sericá de V. Viçosa, com a respectiva "história".






No final, Manuel Camarinhas, dono do restaurante, que alia à gastronomia um grande  interesse por  Vila Viçosa, fez uma "visita guiada" à cidade, do ponto de vista da história e da lenda, a que não faltou uma referência ao nome (aparentemente inexplicável) dos seus habitantes: caliponenses.  

"O grande amor do humanista André de Resende à antiguidade clássica e a vontade de encontrar vestígios dessa época em território português levaram-no a conjecturar sobre a origem do nome desta localidade, que conheceu momentos de esplendor com a presença dos duques de Bragança, desde 1455 também marqueses de Vila Viçosa. 
A partir do grego, encontrou a Calipole (bela cidade) e, apesar da falta de fundamento histórico, com o tempo vulgarizou-se a designação. 

In Selecções.pt/vila-viçosa-a-corte-na-aldeia

Visita a Vila Viçosa, Elvas e Olivença - II

Segunda etapa: Elvas

Para recordar o que de importante haveria a registar sobre Elvas, nada melhor que este vídeo sobre a candidatura a Património Mundial da Unesco do maior conjunto abaluartado do mundo, publicado na página da CM de Elvas:


Fotos enviadas pela colega Rosinda Vargues:  







Visita a Vila Viçosa, Elvas e Olivença - III

Terceira etapa: Olivença

As raparigas de Olivença
Não são como as demais
Porque são filhas de Espanha
E netas de Portugal



Em Olivença, tivémos a oportunidade de ter como guia Joaquín Fuentes, presidente da Associação Além Guadiana, cujos objectivos são o reforço da identidade dos oliventinos, através do conhecimento das suas raízes e do desenvolvimento de laços culturais entre Portugal e Espanha. Pertence a uma geração interessada em conhecer a sua história, de que o património material e imaterial de Olivença são testemunhos vivos.
Para estes jovens, a questão da nacionalidade não se coloca da mesma maneira que o anterior regime franquista tanto se esforçou por divulgar, menosprezando tudo o que dissesse respeito à língua e à cultura portuguesa.
As fotografias que se seguem, mostram bem a riqueza monumental da herança portuguesa, sendo a Igreja da Madalena um dos expoentes máximos do manuelino.










Fotos: Rosinda Vargues

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Página móvel com texto fixo, de Adão Contreiras


   Decorreu há poucos dias a sessão de apresentação do livro Página móvel com texto fixo, de Adão Contreiras, edição 4Águas, com prefácio de Fernando Esteves Pinto.
   O autor, até agora mais conhecido no meio das artes plásticas e visuais, surpreende-nos com esta escrita em que  as palavras são sujeito e objecto, irrompendo espontaneamente, sondando o mistério da sua (nossa) génese e sentido.

            … São como fósforos
            acendendo-se na mente
            as palavras que nascem
            involuntárias

            penso

   Em cento e um « parágrafos », as palavras de AC interpelam o universo. Nomeiam coisas tão concretas, como sol, terra, pão, luz, chão. Convocam emoções e ideias como espaço, tempo, amor, memória,  crença, pensamento. E transcendência.

    As palavras interrogam. Dialogam. São uma âncora numa realidade em constante mudança.
    Estão mortas no dia a dia e vivem no pensamento dos poetas, diz o autor.
    Mas nestes « parágrafos », as palavras  também são matéria lúdica, ironizando, por vezes rimando, outras  fazendo negaças, outras ainda produzindo sons que se repetem, tudo para brincar, quando estão bem  dispostas.
   Algumas são suspeitas: os adjectivos,  por  irromperem da fraqueza da escrita.
   Contudo, as palavras agradecem -lhes o agasalho, como bem se explica num « parágrafo » mais à frente :

                                                 (…)
                       Isso é uma espécie de manto ou véu brilhante
                       que se põe por cima das palavras.

                       E porquê ?
                       Ora, porque as palavras às vezes têm frio e outras vezes têm calor

                       penso

   As palavras são um corpo. Por vezes entre parênteses
   As palavras de Adão Contreiras pensam e pensam-no. Pensam-nos.
   Pegando no Décimo segundo parágrafo, para terminar : existir é pensar o universo. Mesmo que ele não  pense em nós.

         Marcela Vasconcelos

quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º de Maio - enquanto houver

Hoje, não há "posts". É Dia do Trabalhador.