Quando
chegamos a Mértola, entramos num museu que extravasa os Núcleos Visigótico,
Romano e Islâmico, detentor de uma das melhores coleções existentes no nosso país.
Se
os núcleos museológicos primam pela qualidade das peças expostas, a preocupação
estética com a forma de as exibir
não foi deixada ao acaso.
Mas
a arqueologia em Mértola transborda para as escavações realizadas e que
prosseguem, para a Igreja Matriz adaptada de uma Mesquita Árabe, para o Castelo
que se ergue altaneiro sobre o Guadiana.
Olhá-lo, lembra-nos a importância desta terra cuja
ocupação vem da pré-história. Por
aqui passaram os povos mais díspares: Fenícios, Cartagineses, Suevos,
Visigodos, Romanos, Muçulmanos, quando foi reino independente por duas vezes
(Taifa de Mértola I e II)
passando, finalmente, para a posse dos cristãos com a reconquista cristã
da Península.
A
grande importância desta povoação vinha-lhe do porto fluvial do Guadiana,
grande entreposto comercial e de escoamento do minério das Minas de São
Domingos. A
sua decadência sobreveio com os descobrimentos.
Presentemente, Mértola é uma terra acolhedora: casas de alvura alentejana, ruas inclinadas e tortuosas
de calcetamento antigo, uma limpeza escrupulosa.
Depois
de calcorrearmos a vila, o saboroso cozido de grão na Casa Amarela, seguido de
música, a maravilhosa música alentejana, que ouvimos confortavelmente sentados
na esplanada debruçada sobre o Guadiana. O convívio proporcionou momentos de alegre partilha.
A Rosinda ainda ajudou à festa e foi ajudar os músicos.
No
regresso, complementando a boa disposição que sentimos em todo o passeio, uma
surpresa:
O
desvio por Espanha proporcionou-nos o lanche num hotel – chá e “coca”, o bolo
tradicional da Páscoa andaluza.
A
nossa Associação sabe como nos adoçar a boca!!!!
Maria
Herculana
Março
de 2014
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