sábado, 4 de fevereiro de 2012


No passado Domingo, fomos ao teatro.

Constatamos, com satisfação, que temos muita gente interessada neste tipo de espectáculos.

A peça, magnífica - Quem Tem Medo de Virgínia Wolf ?, de Edward Albee - acho que não desiludiu ninguém.

O trabalho dos actores também não.


Esperamos poder publicar aqui em breve algumas impressões que nos queiram enviar sobre esta peça.


1. Quem tem medo de encarar as suas desilusões?

Num primeiro impulso, fiquei com vontade de rever a versão cinematográfica de Mike Nichols (1966). Pensando melhor, resolvi não o fazer, pelo menos para já e resolvi centrar-me mais no texto, que me pareceu bastante mais compreensível do que há muitos anos atrás: abençoada idade!

Mesmo assim, havia muitas perguntas por responder: o autor, o título, as influências, as reacções à peça na altura em que estreou na Brodway (1962)... Abençoada net! Há uma quantidade de informação, com o único senão de ser quase toda em inglês e dar uma certa “trabalhera”.

Como sempre, as leituras possíveis da obra são múltiplas.

Entre outras curiosidades, o facto de os nomes das personagens (George e Martha) coincidirem com os nomes do casal inaugural da democracia americana ( G. e M. Washington). E como acontece nas relações interpessoais, também a história americana passou por uma revolução.

Tal como Martha assume no final da peça, também a América terá medo de enfrentar as suas desilusões?

E poderemos nós viver sem os mitos que criámos, sem as nossas ilusões?

Apetece responder: “Poder, podíamos, mas não era a mesma coisa!”

MV


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