domingo, 9 de maio de 2010


QUINTAS DE SINTRA – Março 2010

Dando continuidade ao nosso projecto Descobrir Paraísos na Cidade, iniciado na Primavera passada com os Jardins da Andaluzia e Pátios de Córdoba, seguindo-se as Quintas Românticas do Porto, visitamos agora as Quintas de Sintra.

No seu conjunto, Sintra foi classificada em 1995 como Património Mundial, na categoria de Paisagem Cultural,

o que pressupõe a existência de uma mistura harmoniosa

e “excepcional de sítios naturais e culturais num quadro exemplar”.

Do vasto património cultural, seleccionámos para esta visita o Parque de Monserrate e a Quinta da Regaleira.

O primeiro, por ser o expoente máximo do jardim romântico em Portugal, pela exuberância e exotismo da

sua flora e pelo efeito cénico dos seus elementos.

A Quinta da Regaleira, por constituir um curioso e raro exemplar (embora relativamente recente) dos jardins de tradição iniciática que apareceram em vários lugares da

Europa, a partir do Renascimento.

Quinta da Regaleira

“ Situada em pleno Centro Histórico de Sintra, a Quinta da Regaleira é um lugar com espírito próprio. Edificado nos primórdios do Século XX, este fascinante conjunto de construções, nascendo no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mito-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936). 


A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e a renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.

A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios. Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico (….)

A culminar a visita à Quinta da Regaleira, há que invocar a aventura dos cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da maçonaria, para descer ao monumental poço iniciático por uma imensa escadaria em espiral. E, lá no fundo com os pés assentes numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos no ventre da Terra-Mãe. Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, reflectida em lagos surpreendentes.”

Da página da cultura da C.M. de Sintra

Sem comentários:

Enviar um comentário