quinta-feira, 22 de março de 2012

Velhas Árvores, de Olavo Bilac



Estas velhas árvores, mais belas

Do que as árvores novas, mais amigas:

Tanto mais belas quanto mais antigas, 

Vencedoras da idade e das procelas... 


O homem, a fera, e o insecto, à sombra delas

Vivem, livres de fomes e fadigas; 

E em seus galhos abrigam-se as cantigas 

E os amores das aves tagarelas. 



Não choremos, amigo, a mocidade! 

Envelheçamos rindo! envelheçamos 

Como as árvores fortes envelhecem: 



Na glória da alegria e da bondade, 

Agasalhando os pássaros nos ramos, 

Dando sombra e consolo aos que padecem!

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